quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Revisão rápida: Stop gramatical

Ainda que exista a linha de professores que siga integralmente a máxima de que não se deve ensinar gramática na escola (contra a tese de tantos outros que SÓ ensinam as regras gramaticais), sempre vale a pena explicar aos alunos conceitos básicos: adjetivo, substantivo, advérbio, preposição...

No entanto, acabadas as explanações das 10 classes de palavras, compensa fazer uma revisão. E aí é um bom momento da aula para aplicar um instrumento lúdico para deixar a nossa Tia Gramática com uma cara um pouco menos rabugenta.

A atividade que proponho é um STOP, bastante simples. Em vez de completarem lacunas com carros, marcas, os alunos o farão com palavras correspondentes a cada uma das classes. Nem sempre dará certo, e aí é preciso avisar os estudantes. Se a letra for "o", por exemplo, deixar dito que não há preposição iniciada por esta vogal. Na realidade, este é um jogo para ser feito poucas vezes, já que algumas classes, como artigos, preposições e numerais, não permitem muita criatividade na hora de preencher os espaços em branco.

É possível fazer associações com o jogo de stop tradicional. A clássica "Minha sogra é" é preenchida apenas com adjetivos, "Países", "Marcas" e "Carros" com nomes próprios e por aí vai.



terça-feira, 21 de agosto de 2012

Sequência didática – A quinta história (Clarice Lispector)


Quando trabalhamos com narrativa e descrição, um problema comum é o clichê, a falta de recursos dos alunos para trabalhar sua própria criatividade. A atividade que proponho abaixo visa ajudar na resolução deste problema, fazendo com que os estudantes percebam que, muitas vezes, vale mais “como se conta” do que “o que se conta”.

1 – Pedir que os alunos escrevam uma descrição sobre como matar baratas. O assunto parecerá bobo e provavelmente as descrições obtidas penderão para um manual de uso de Raid. Depois de dar uma olhada nas produções dos alunos, ler em conjunto o começo do conto:

A Quinta História

Esta história poderia chamar-se "As Estátuas". Outro nome possível é: "O Assassinato". E também "Como Matar Baratas". Farei então pelo menos três histórias, verdadeiras porque nenhuma delas mente a outra. Embora uma única, seriam mil e uma, se mil e uma noites me dessem.

A primeira, "Como Matar Baratas", começa assim: queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a receita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria o de-dentro delas. Assim fiz. Morreram.

Mostrar para os alunos a diferença entre um manual de Raid (predominância de sequência injuntiva) e um conto (uso de sequência narrativa, descritiva e dialogal podem ser analisadas no excerto acima).

Pedir para que os alunos reescrevam seus textos, agora em forma de conto. Continuar a leitura do conto de Lispector:

A outra história é a primeira mesmo e chama-se "O Assassinato". Começa assim: queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me. Segue-se a receita. E então entra o assassinato. A verdade é que só em abstrato me havia queixado de baratas, que nem minhas eram: pertenciam ao andar térreo e escalavam os canos do edifício até o nosso lar. Só na hora de preparar a mistura é que elas se tornaram minhas também. Em nosso nome, então, comecei a medir e pesar ingredientes numa concentração um pouco mais intensa. Um vago rancor me tomara, um senso de ultraje. De dia as baratas eram invisíveis e ninguém acreditaria no mal secreto que roía casa tão tranqüila. Mas se elas, como os males secretos, dormiam de dia, ali estava eu e preparar-lhes o veneno da noite. Meticulosa, ardente, eu aviava o elixir da longa morte. Um medo excitado e meu próprio mal secreto me guiavam. Agora eu só queria gelidamente uma coisa: matar cada barata que existe. Baratas sobem pelos cantos enquanto a gente dorme, cansada, sonha. E eis que a receita estava pronta, tão branca. Como para baratas espertas como eu, espalhei habilmente o pó que este mais parecia fazer parte da natureza. De minha cama, no silêncio do apartamento, eu as imaginava subindo uma a uma até a área de serviço onde o escuro dormia, só uma toalha alerta no varal. Acordei horas depois em sobressalto de atraso. Já era de madrugada. Atravessei a cozinha. No chão da área estavam elas, duras, grandes. Durante a noite eu matara. Em nosso nome, amanhecia. No morro um galo cantou.

Fazer uma análise do excerto do conto, mostrando suas características literárias (suspense, uso de metáforas, ironia, etc). Pedir para os alunos reescreverem mais uma vez o seu conto, adapatando-o de forma que ele possa constituir uma sequência para o conto de Clarice. Continuar a leitura:

A terceira história que ora se inicia é a das "Estátuas". Começa dizendo que eu me queixara de baratas. Depois vem a mesma senhora. Vai indo até o ponto em que, de madrugada, acordo e ainda sonolenta atravesso a cozinha. Mais sonolenta que eu está a área na sua perspectiva de ladrilhos. E na escuridão da aurora, um arroxeado que distancia tudo, distingo a meus pés sombras e brancuras: dezenas de estátuas se espalham rígidas. As baratas que haviam endurecido de dentro para fora. Algumas de barriga para cima. Outras no meio de um gesto que não se completaria jamais. Na boca de umas um pouco de comida branca. Sou a primeira testemunha do alvorecer de Pompéia. Sei como foi esta última noite. Sei da orgia do escuro. Em algumas o gesso terá endurecido tão lentamente como num processo vital, e elas, com movimentos cada vez mais penosos, terão sofregamente intensificado as alegrias da noite, tentando fugir de dentro de si mesmas. Até que de pedra se tornam, em espanto de inocência, e como tal, tal olhar de censura magoada. Outras - subitamente assaltadas pelo próprio âmago, sem nem sequer ter tido a intuição de um molde interno que se petrificava! - essas de súbito se cristalizam, assim como a palavra é cortada da boca: eu te...

Elas que, usando o nome de amor em vão, na noite de verão cantavam. Enquanto aquela ali, a de antena marrom suja de branco terá adivinhado tarde demais que se mumificara exatamente por não ter sabido usar as coisas com a graça gratuita do em vão: "é que olhei demais para dentro de mim" é que olhei demais para dentro de..." - de minha fria altura de gente olho a derrocada de um mundo. Amanhece. Uma ou outra antena de barata morta freme seca à brisa. Da história anterior canta o galo.

Fazer mais uma análise, comparando este excerto do conto com os anteriores – o que mudou? Os alunos também conseguem fazer uma segunda versão para a história que criaram, incorporando alguns dos recursos utilizados por Clarice?

A quarta narrativa inaugura nova era no lar. Começa como se sabe: queixei-me de baratas. Vai até o momento em que vejo os monumentos de gesso. Mortas, sim. Mas olho para os canos, por onde esta mesma noite renovar-se-á uma nova população lenta e viva em fila indiana. Eu iria então renovar todas as noites o açúcar letal? como quem já não dorme sem a avidez de um rito. E todas as madrugadas me conduziria sonâmbula até o pavilhão? no vício de ir ao encontro das estátuas que minha noite suada erguia. Estremeci de mau prazer à visão daquela vida dupla de feiticeira. E estremeci também ao aviso do gesso que seca: o vício de viver que rebentaria meu molde interno. Áspero instante de escolha entre dois caminhos que, pensava eu, se dizem adeus, e certa de que qualquer escolha seria do sacrifício: eu ou minha alma. Escolhi. E hoje ostento secretamente no coração uma placa de virtude: "Esta casa foi dedetizada".

A quinta história chama-se "Leibnitz e a Transcendência do Amor na Polinésia". Começa assim: queixei-me de baratas.

(Clarice Lispector)

Analisar o final do conto e propor uma discussão sobre o poder das boas histórias – é preciso um bom assunto para desenvolver uma boa narrativa? Qual a importância da descrição em um conto? Fazer a leitura de algumas produções dos alunos


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dinâmica com marchinhas de carnaval, pressupostos e implícitos


As marchinhas de carnaval, por terem uma letra curta e repetitiva, são uma boa pedida para fazer uma dinâmica em sala de aula (já que permitem uma identificação rápida dos termos com os quais o professor quer trabalhar). O ideal é usá-las quando os alunos ainda estiverem em clima de carnaval (para fazer uma revisão do ano anterior, por exemplo). Contudo, como as férias têm o poder de apagar todas as informações das mentes mais atentas, talvez compense guardar a dinâmica para outra época do ano, na qual haja a certeza de que os alunos escutarão as marchinhas e saberão responder às perguntas propostas.
Eu usei as marchinhas para trabalhar com a identificação de pressupostos e implícitos, uma importante ferramenta na construção de uma leitura mais dedicada por parte dos alunos. Entretanto, existem outras opções para esta atividade: identificação de ambiguidades, de juízos de valor, de conectivos (e seus sentidos nas orações), etc.



Só um rápido lembrete antes da explicação do exercício: implícitos são os significados que não estão na superfície do texto e que podem passar despercebidos em uma leitura mais inocente. Por exemplo, se eu digo “Como está calor, não?” para algum aluno sentado próximo à janela, ele pode considerar apenas o sentido explícito de minha fala (e me responder “É verdade, não é?”) ou levar em consideração o seu implícito e abrir a janela. Assim, o implícito pode ser negado. Já o pressuposto é a informação que está pré-suposta ao enunciado e que não pode ser negada. O pressuposto da frase “João parou de fumar” é que ele fumava antes. Negar este pressuposto é negar toda a coerência da frase.

Marchinhas utilizadas:

Cachaça
Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953

Você pensa que cachaça é água

Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão

Implícito 1: O interlocutor da música bebe cachaça como se fosse água (ou seja, é alguém que gosta muito de beber).

Implícito 2: Em época de festas se bebe muito – o interlocutor da música são aqueles que estão pulando carnaval.

Cabeleira do Zezé
João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963

Olha a cabeleira do Zezé

Será que ele é?
Será que ele é?

Será que ele é Bossa Nova?

Será que ele é Maomé?
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é.

Implícito 1: A homossexualidade de Zezé.

Implícito 2: Associação da Bossa Nova com comportamentos rejeitados pela sociedade, como o homossexualismo.

Implícito 3: Associação entre ter cabelo e ser homossexual.

Corta o cabelo dele!

Corta o cabelo dele!

Implícito 4: Cortar o cabelo representa extinguir a homossexualidade, forma de amor desprestigiada pela sociedade (mais fortemente nos anos 60, quando foi composta a música).

Teu cabelo não nega
Lamartine Babo-Irmãos Valença, 1931

O teu cabelo não nega mulata,

Porque és mulata na cor
Mas como a cor não pega mulata,
Mulata, eu quero o teu amor

Implícito: O preconceito racial. O cantor só se propõe a ficar com a mulata porque tem a certeza de que não “pegará” a sua cor, não se misturará de fato.

A pipa do vovô
A pipa do vovô não sobe mais!
A pipa do vovô não sobe mais!
Apesar de fazer muita força
O vovô foi passado pra trás.

Pressuposto: A pipa do vovô subia antes.

A mulher que é mulher
(Klecius Caldas/ Armando Cavalcanti)

A mulher que é mulher
Não quer saber de intriga,
Diga o povo o que disser
É a melhor amiga.

A mulher que é mulher
Não deixa o lar à toa,
A mulher que é mulher
Se o homem errar, perdoa.
E se perdoa,
É porque sabe, muito bem,
Que ele não troca
Por ninguém
O seu amor, o seu carinho.

Pressuposto: as mulheres que não perdoam ao homem, que saem de casa, que gostam de intrigas não são mulheres completas (ou não se adaptam ao conceito de “mulher” defendido pelos autores da canção).

Implícito: o machismo.

Dica: para realizar a dinâmica, faça uma espécie de roda de “batata-quente”. Um objeto passa pela roda e aquele que o estiver segurando quando o professor pausar a música terá de responder quais são seus pressupostos e/ou implícitos.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Diferenças entre Redação e Produção de Textos

No campo da educação brasileira, parece que certas mudanças só acontecem depois de validadas pelo vestibular. A instituição é ainda a grande responsável por decidir conteúdos e nomenclaturas que devem ser aprendidos pelos alunos: basta ver o caso das disciplinas de artes e filosofia, por exemplo. Apesar de constarem há muito tempo dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), essas áreas só passaram a ser “levadas a sério” após serem exigidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em provas de grandes universidades públicas. Apenas a partir de então começaram a ser ministradas em cursinhos preparatórios e adquiriram o status de disciplina que é cobrada em provas.
A distinção entre “redação” e “produção de textos” é debatida faz anos entre os teóricos do texto. Contudo, enquanto os vestibulares e demais exames de grande alcance não fizerem sua opção pela nomenclatura “Produção de Textos”, a diferença entre as duas abordagens não será de conhecimento de muitos professores de português. 
Li recentemente a tese de mestrado de Mônica Cruz, intitulada “A produção textual no nível médio: uma análise das condições de produção”, que é excelente em mostrar o contraste entre um professor de Redação e um professor de Produção de Textos. Ao longo de sua observação de classes, a autora confessa que só conseguiu assistir a aulas tradicionais (Redação) – o conceito de Produção de Textos acabou ficando no plano do ideal.
Baseada na catalogação das características que Cruz faz dos objetivos de uma aula de Redação, elaborei uma tabela constrastiva entre as duas nomenclaturas que estão em foco aqui. Como sou militante da Produção de Textos, busco seguir os itens que elenco como premissas desta área – afinal, escrever é agir.
Redação
Produção de textos
Estuda-se a forma em detrimento do conteúdo (correção do texto visa apenas aos seus aspectos gramaticais).
Estuda-se a relação entre forma e conteúdo (correção do texto propõe um diálogo com o aluno).
Aulas baseadas em manuais de técnicas de redação.
Aulas baseadas em livros de teoria textual.
Sem atividade prévia para a produção escrita.
Exposição oral de conceitos e debate de ideias como atividade prévia de qualquer produção escrita.
Não há trabalho de reescrita dos textos.
Encara-se a reescrita como fundamental no processo de autoavaliação do texto.
O destinatário do texto é o professor.
Ao longo do ano, as melhores produções são fotografadas e publicadas em um blog; ou os alunos corrigem os textos dos colegas; ou são elaborados textos que terão destinatários reais – além dos muros da escola, entre outras ideias.
Os textos são fruto de uma atividade de reprodução. O aluno apenas cumpre instruções.
O aluno assume um compromisso com o que diz.
Os textos valem nota. Há uma nota máxima a ser alcançada.
Os textos são encarados como um exercício da cidadania do aluno. Parte-se da premissa que sempre é possível melhorar (o foco vai além de alcançar a nota máxima).
Só se estudam os modelos narração/ descrição/ dissertação.
São estudados diferentes gêneros e tipologias textuais.
A linguagem é um instrumento de comunicação.
A linguagem é uma forma de interação entre sujeitos.
O aluno aprende a fazer redação para se dar bem nas provas.
O aluno aprende a produzir textos para:
- interpretar melhor os vários discursos com os quais tem contato em seu dia a dia;
- refinar seu olhar crítico;
- saber como inter-agir no mundo por meio de sua palavra.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Escolha das profissões - Dinâmica

Apesar de não ser o foco desse blog, acho importante trabalhar com as expectativas profissionais de nossos alunos, principalmente as dos que estão nos últimos anos de Ensino Médio.

Um dos problemas que identifico em meus alunos vestibulandos é a ideia de que a carreira deve ser escolhida em função do mercado, da influência dos pais... mas e a vocação, aonde foi parar?



Para discutir um pouco o conceito de que um bom profissional tem grandes chances de ganhar razoavelmente bem em qualquer área e de que um mau profissional, independentemente de ser um médico, advogado ou engenheiro, provavelmente será mal remunerado e mal sucedido... proponho a dinâmica abaixo:

Serão distribuídos 8 cartões/fichas/frases a 8 grupos de alunos:

  1. Nunca terminou uma faculdade. Preferiu abrir um negócio próprio.
  2. Foi expulso do colégio após brigar com o professor de português.
  3. Trabalha de pedreiro desde os 14 anos.
  4. É professor concursado em uma cidade paulista.
  5. Cursou direito.
  6. Faz tradução de textos.
  7. Cursou medicina.
  8. Cursou engenharia.  
A seguir, serão distribuídos mais 8 cartões/ fichas/frases a 8 grupos diferentes (totalizando 16 grupos de alunos; com classes pequenas, é possível diminuir o número de fichas, desde que a correlação permaneça):

  1. Um dos homens mais ricos do mundo.
  2. Um grande poeta brasileiro.
  3. Tem renda mensal de cerca de R$ 4000.
  4. Tem renda mensal de cerca de R$ 2800, mas trabalha só 32h por semana.
  5. Tem renda mensal de cerca de R$ 1000.
  6. Tem renda mensal de cerca de R$ 17000.
  7. Trabalha 40 horas por semana, fora o que tem de estudar em casa, e ganha cerca de R$ 1600.
  8. Ao longo de sua carreira profissional, teve de lidar com salários baixos e excesso de trabalho.
O mais natural é que imediatamente os alunos relacionem os salários mais altos às profissões mais bem vistas na sociedade (engenheiro, médico e advogado) e os salários mais baixos, aos professores, pedreiros e etc. Contudo, ainda que esta relação seja verdadeira em muitos casos, há exceções e este é justamente o objetivo da dinâmica: mostrar que não há uma regra fixa que relacione a escolha da carreira ao quanto a pessoa ganhará. Para montar esta dinâmica, me baseei apenas em biografias reais. Assim, as respostas "corretas" seriam:
 
  1. Nunca terminou uma faculdade. Preferiu abrir um negócio próprio. (8 - Um dos homens mais ricos do mundo) - Bill Gates
  2. Foi expulso do colégio após brigar com o professor de português. (6 - Um grande poeta brasileiro) - Drummond
  3. Trabalha de pedreiro desde os 14 anos. (7 - Tem renda mensal de cerca de R$ 4000) - Notícia de jornal sobre o crescimento do ramo da construção
  4. É professor concursado em uma cidade paulista. (1 - Tem renda mensal de cerca de R$ 2800, mas trabalha só 32h por semana) - Informação retirada de edital de concurso.
  5. Cursou direito. (3 - Tem renda mensal de cerca de R$ 1000) - Notícia de jornal sobre as dificuldades dos advogados recém-formados
  6. Faz tradução de textos. (5 - Tem renda mensal de cerca de R$ 17000) - Tradutor juramentado no Itamaraty
  7. Cursou medicina. (4 - Trabalha 40 horas por semana, fora o que tem de estudar em casa, e ganha cerca de R$ 1600) - Informação retirada de edital de concurso
  8. Cursou engenharia. (2 – Ao longo de sua carreira profissional, teve de lidar com salários baixos e excesso de trabalho) - Notícia de jornal sobre as diferentes engenharias e a faixa salarial de cada categoria